Quando falamos em segurança e saúde no trabalho, é comum pensarmos nos riscos físicos, como ruídos, produtos químicos ou máquinas. Mas existe uma outra dimensão, muitas vezes menos visível, que também precisa de atenção: os riscos psicossociais.
Eles envolvem aspectos emocionais, relacionais e organizacionais que podem afetar a saúde mental e o bem-estar dos colaboradores — e hoje, fazem parte do escopo do Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR), conforme a NR-01.
Neste artigo, vamos conversar sobre:
O que são os riscos psicossociais;
Como eles impactam o dia a dia no trabalho;
De que forma incluí-los no PGR de maneira prática e humanizada.
O que são riscos psicossociais?
Riscos psicossociais são fatores presentes no ambiente de trabalho que podem interferir no equilíbrio emocional das pessoas. Eles envolvem a forma como o trabalho é organizado, as relações interpessoais e até a cultura da empresa.
Alguns exemplos comuns:
Demandas muito altas ou prazos apertados;
Dificuldade de comunicação entre equipes;
Falta de clareza sobre o que se espera de cada função;
Clima organizacional tenso ou competitivo demais;
Falta de reconhecimento ou oportunidades de crescimento.
Quando esses fatores se acumulam, podem contribuir para sentimentos de estresse, cansaço emocional, ansiedade e até quadros de esgotamento profissional (burnout).
O que diz a legislação sobre isso?
A NR-01, que trata do Gerenciamento de Riscos Ocupacionais, orienta que todos os tipos de risco devem ser considerados no PGR — inclusive os psicossociais.
Isso significa que, ao construir ou revisar o PGR da empresa, é importante olhar também para o bem-estar emocional das pessoas que fazem parte da organização.
Mais do que uma exigência legal, essa é uma oportunidade de promover um ambiente mais saudável, produtivo e acolhedor.
Como incluir os riscos psicossociais no PGR?
Esse processo pode (e deve) ser feito de forma cuidadosa e respeitosa. Aqui vão alguns passos:
1. Ouça sua equipe
Pesquisas de clima, escutas ativas e conversas estruturadas ajudam a entender como as pessoas se sentem no ambiente de trabalho.
2. Mapeie os pontos de atenção
Identifique áreas ou situações que possam estar gerando sobrecarga emocional ou desconforto.
3. Planeje ações de cuidado
Capacitações, melhorias na comunicação, revisão de metas ou ajustes na estrutura podem fazer toda a diferença.
4. Acompanhe e ajuste
Como qualquer aspecto da gestão de riscos, o acompanhamento contínuo é essencial. O bem-estar também se constrói com consistência.
Por que isso é importante?
Cuidar dos riscos psicossociais é um passo importante para fortalecer a cultura de cuidado e responsabilidade dentro da empresa.
Os benefícios são muitos:
Equipes mais engajadas;
Redução de afastamentos;
Melhoria nas relações e no clima organizacional;
Mais confiança e sensação de pertencimento.
A Previne está com você nessa jornada
Na Previne, acreditamos que saúde e segurança no trabalho vão além do físico — envolvem também o emocional e o humano.
Se a sua empresa está construindo ou atualizando o PGR, podemos ajudar com ferramentas e orientações para mapear os riscos psicossociais de forma técnica, sensível e eficiente.
💬 Vamos conversar? Estamos aqui para apoiar você nesse cuidado com as pessoas.